Postado por Adm. em 19/04/2013 ás 09:04

Estou no meio ou epicentrado?

por Ritah Oliveira


 

Nós trabalhamos, vivemos, conversamos e trocamos experiências por meio da comunicação, por vezes estamos literalmente no OLHO DO FURACÃO!

 

Diante, de tal observação, precisamos entender que comunicação e relacionamento são dois conceitos interdependentes, existe a necessidade de nos relacionar com nossos familiares, amigos, parceiros de trabalho, clientes e, principalmente, com nós mesmos, resultado da transformação incessante que se produz no contato do homem com seu eu, com os outros e com o mundo. Existem pontos importantes no que tange às relações interpessoais no entendimento de que a base da vida é gente! Em alguns momentos estes conceitos interdependentes colidem na dificuldade contextual destas relações, para tal, surge um “terceiro incluído”.


Uma pessoa se relaciona com a outra e chega a máxima no desenvolvimento de habilidades para distar igualmente uma situação, esta vem a ser uma responsabilidade que empreende muita preparação por parte do individuo que se predispõe, ou até mesmo por suas características pessoais, é envolvido num processo em que a capacidade efetiva de relacionamento interpessoal implica em sucesso, realização pessoal e a felicidade de outras pessoas, exige um magnetismo ímpar a fim de que paradigmas sejam transpostos de maneira atraente aos envolvidos e situações sejam resolvidas. Que nome se dá a este alguém? – MEDIADOR é a resposta.

Um sinérgico mediador nada mais é do que alguém detentor de maneira especial em perceber, compreender e interpretar o mundo à nossa volta, ou seja, uma maneira eficaz de olhar as pessoas e as coisas, proporcionando entendimentos quantitativos, mesmo que lentos, deliberados, ou instantâneos. Realizando tudo isso diante de uma mentalidade de cooperação criativa e compreensão genuína nos processos de comunicação. Haja vista que, na existência de uma compreensão genuína, as pessoas encontram soluções melhores do que encontrariam agindo individualmente diante da possibilidade de abordar questões, reconhecendo o que elas representam para cada um dos envolvidos.

Enquanto Coach’s, podemos chamar de interação recíproca, o fato de que ao estabelecermos Rapport, em nossa comunicação, seja ela verbal ou não verbal, nos tornamos aptos a mediar assuntos em nos tornamos responsável pela sustentabilidade da interpessoalidade de um grupo ou ação evolutiva de um ser humano ativo, biopsicologicamente falando, ou seja, ao trabalhar o principio desta ciência que propõe o autocontrole das emoções negativas e seus reflexos na saúde e na vida, reunimos em Coaching, um leque de técnicas que visam a harmonização psíquica, física e energética, gerando saúde integral.

Deste modo na ocorrência de conflitos o mediador tem como pontos de condução:

  • à atenção para que os envolvidos permaneçam com o nível de docilidade para ceder à vontade alheia, aberto e não defensivo durante as crises; na positividade da força pessoal quando pressionada;
  • e a necessidade de que a conexão frente a sensibilidade em relação ao outro envolvido esteja assegurada. Que em mais uma de minhas conhecidas equações se traduz em sustentabilidade emocional, apresentadas pelos componentes: Flexibilidade emocional + Força emocional + Receptividade emocional = GERENCIAMENTO EFICAZ DE CONFLITOS.

A característica de percepção e capacidade para estar em meio e no meio de situações conflituosas, dessas pessoas que assimilam os sinais de que a vida contém muito mais do que eventos casuais é muito importante. Para tanto, usam a sincronicidade entendida por acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado, para que como imãs psíquicos no gerenciamento das soluções em que é imprescindível mediar e a fim de que, depois do entendimento do acontecido, releve-se a ocorrência do fato em si e busque-se a compreensão dos envolvidos sob outro paradigma além da materialidade. Haja vista que para resolução de controvérsias, este terceiro ser imparcial assiste e conduz duas ou mais partes para identificar os pontos de conflito, desenvolvendo propostas que ponham fim à discussão de forma mútua.

O coach, enquanto mediador participa do processo intervindo de modo a auxiliar a melhor compreensão e reflexão dos assuntos e propostas, mas nunca impondo às partes uma solução ou qualquer tipo de veredito, pois numa situação em que as pessoas estão presas em um conflito, é o seu livre arbítrio que determinará o sucesso da intervenção face à importância do desenvolvimento da comunicação EU-OUTRO. Por vezes os acontecimentos do dia a dia fogem do nosso controle e situações ou sentimentos podem ser atropelados por eles, a reflexão do que estamos deixando passar e do que não estamos vendo é ponto primordial para que conflitos sejam dizimados, deste modo, o reconhecimento de emoções no outro e através da empatia de sentimentos é foco num processo onde estão elencadas as chamadas habilidades em interação com outros indivíduos utilizando competências sociais.

Esta capacidade na detecção e identificação de sentimentos e motivos das pessoas que, durante o gerenciamento do relacionamento de terceiros, transformam em essenciais o uso da Inteligência Emocional, defendida pelo psicólogo Daniel Goleman. A observância das competências comportamentais - mais do que as habilidades aprendidas na escola - é o elo para que a autopercepção, autocontrole, automotivação e empatia (traduzida como forma espontânea e não verbal) harmonizem-se com as pessoas, adicionando-as à práticas sociais para que contribuam no sucesso e nas realizações pessoais em qualquer área da atividade humana.

Num processo de mediação com bases em coaching, a análise dos pontos fortes e das limitações, aliados a flexibilidade, poder de persuasão, faz parte do programa de desenvolvimento da Inteligência Emocional tão necessária no desenvolvimento da sustentabilidade dos relacionamentos interpessoais. Por mais que se consiga cortar uma folha ao meio, ainda assim ela continuará tendo face e verso. Tudo na vida possui seu aspecto bom e ruim, pois compreendemos o mundo por meio de dualidades, daí integrar isso com maestria é MEDIAÇÃO.

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