Qual  a real motivação?

Por quê? O que quero? O que espero?

Por Ritah Oliveira

 

 

Este é um assunto que no meu próximo livro, tem seu cantinho, seu momento, seus 15 minutos... A temática da motivação é realmente seguida dos questionamentos que intitulam este artigo, e nós enquanto Coaches lidamos neste universo da motivação com a complexa missão de conduzir os reais motivos de nosso cliente em função de suas crenças, valores, expectativas, e principalmente da superação dos seus motivos.

Por que – Ah... Os porquês, estes são a expressão máxima do motivo, da causa, da indagação. Um não coexiste sem o outro, este é o fio condutor da mente ao encontro das justificativas, com a finalidade em alguns casos de nos fazer retroagir, ceder, desistir ou em outros casos ir adiante seguindo a direção e o impulso por nós desejado.

O que quero – Humm... Este é um caminho por vezes conflitante e perigoso. Estabelecer o querer por vezes entra em uma seara de incertezas, profusão de energia e por vezes constatação de vazio.

O que espero – A junção deste, com os porquês e os quereres, nos levam por vezes a misturar sensações e sentimentos a impressões equivocadas em relação aos estímulos tanto exteriores, quanto interiores, colidindo na composição da procura por novas sensações que possam produzir, em outras pessoas e em nós mesmos, impressões marcantes e que assim venham a completar o vazio de um querer incorreto.

Assim a principal questão de estudo da psicologia motivacional é por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz?, são conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho, esperança. Um mesmo objetivo pode ser buscado por diferentes pessoas por diferentes razões: uma deseja mostrar seu desempenho, outra anseia ter influência sobre outras pessoas (poder), entre outros. Nomeamos essas preferências como MOTIVOS.

Daí o caminhar se torna mais complexo, haja vista os motivos são impulsionados e podem ser traduzidos por uma sequencia lógica de Estímulo e Situação conduzidos por Necessidades instigadas por Motivações que explicam determinados  Comportamentos  em busca de um Objetivo Pessoal. Esta busca que pode ou faz mover, que é causa ou origem de alguma coisa é a promotora da superação que se destaca das demais, por ser mais forte na intenção de superar antigos resultados. Todos os nossos padrões habituais de pensar e agir estão armazenados no subconsciente fazendo com que emocional e fisicamente estejamos desconfortáveis toda vez que tentar fazer algo novo ou diferente, ou mudar quaisquer dos padrões estabelecidos de atuação, mesmo que o indivíduo não tenha sempre consciência dos motivos que os impelem, eles estão sempre conscientes dos objetivos que desejam alcançar.

Por isso o papel do Coach é importante nessa condução, à pergunta – O que você quer? torna-se imprescindível nos processos de Coaching, pois assim através da identificação e otimização do querer, o caminhar leva a resultados desejados por vezes não percebidos na compreensão das entrelinhas do inconsciente. Conhecer a si mesmo é um projeto de vida. Implica reflexão, introspecção e empenho para definir claramente nossa trajetória de vida. Inclui, ainda, o desafio do comprometimento consigo mesmo a respeito de objetivos e metas pessoais, a distinção clara entre o que realmente desejo e o que aprendi que devo, ou não devo, desejar.

A crise existencial é um processo de interiorização profunda, de introspecção um momento existencial de reavaliação, de reflexão sobre a própria vida e os valores até então sustentados. Dr. Augusto Cury, um dos mais brilhantes escritores do pensamento humano, defende que uma das mais importantes explorações do homem, e por que não dizer que a maior delas, chama-se exploração de si mesmo. Tarefa árdua que consiste em aprender a se interiorizar, criar raízes mais profundas dentro de si mesmo, explorar a historia intrapsíquica dentro da memória, decifrar questionamentos de paradigmas socioculturais, trabalhando com maturidade perdas, dores, frustrações psicossociais.

Destaco o valor do Coaching técnica que se teoriza em ajudar uma pessoa a mudar da maneira que deseja, e a ir à direção que quer, apoiando a pessoa em todos os níveis, para que se tornem quem quer ser, e seja o melhor que pode ser, criando consciência, capacitando à escolha e produzindo a mudança, revelando assim o potencial de uma pessoa para maximizar seu próprio desempenho, mais do que ajudar a aprender, a alcançar suas metas, na vida e no trabalho, tem uma importância premente, como por exemplo, o de fazer entender os aspectos comportamentais e fenomenológicos dos indivíduos para interação, buscando o aperfeiçoamento humano, trabalhando os instintos, tendências, impulsos e desejos congênitos e que se tornam relevantes diante do contexto da convivência psicossocial.